PROJETO BLC #3: A origem de um clássico


Oi oi pessoal!

A postagem de hoje faz parte do Projeto Blogagem Literária Coletiva, promovido pelos Blogs Chá & Livros, Os Literatos e Diário de uma Livromaníaca, sendo este o terceiro tema do Projeto BLC! Para se inscrever no projeto clique aqui.

É de consenso geral que Drácula de Bram Stoker é um clássico da literatura mundial sendo o pai das histórias vampirescas. Stoker criou a sua maior obra na Era Vitoriana, uma época inigualável e que todas as suas características são muito bem retratadas no decorrer da história.

Dia 08 de novembro é celebrado o aniversário desse célebre autor, então para homenageá-lo vocês serão historiadores por um mês e deverão contar as origens desse clássico, o que levou Bram Stoker a escrever o romance que marcaria uma época cativando leitores até os dias atuais! Mas atenção, será permitido usar referenciais históricos, porém a principal fonte de consulta deverá ser a imaginação de vocês.

Missão dada, agora mãos à obra e vamos explorar as catacumbas de um certo castelo na Transilvânia!



Bram Stoker nasceu em Clontarf na Irlanda no dia 08 de novembro de 1847. Durante a sua infância sempre tivera muita curiosidade em relação à sua linhagem familiar, mas seus pais e avós nunca lhe contavam nada além das histórias sobre seus tataravós.

Certo dia pouco antes de completar 16 anos, o jovem Bram encontrou um antigo caderno de couro no sótão da casa de seus avós enquanto os ajudava a jogar fora alguns entulhos; o couro já estava quase totalmente desgastado e a maioria folhas já estavam soltas, com as páginas amareladas e faltando pedaços. Ele era fechado apenas com um cordão também de couro que dava três voltas e era amarrado na lateral.

Bram nunca havia visto aquele caderno, o que era estranho já que todos os objetos que haviam por ali ele sabia a história, desde os brinquedos de infância de sua mãe até as valiosas recordações de seu avô das guerras em que ele já esteve. Se nunca lhe fora mostrado este caderno, com certeza havia uma razão.

Ele tentara perguntar aos seus avós o que era aquilo, mas tudo o que lhe disseram foi que era apenas um caderno velho de receitas e que o melhor seria colocá-lo de volta onde o havia encontrado, mas uma inquietação era presente na postura dos avós, algo como surpresa misturada com receio. 

Porque teriam reagido assim? Bram sabia que existia apenas uma maneira de saber. Normalmente não gostava de desobedecer seus avós, mas dessa vez sua curiosidade falou mais alto.

Sentado no sótão, aproveitou que seus avós estavam entretidos com outros afazeres para descobrir qual era o segredo daquele caderno. Qual não foi sua surpresa ao perceber que aquilo era um diário de um de seus antepassados distantes tendo sido escrito a mais de 300 anos

Valáquia, 14 de abril de 1456

Eu realmente não queria fazer esta viagem. Vir para terras tão distantes em busca de um familiar do qual nunca ouvira falar apenas para lhe pedir dinheiro emprestado? Isso não me parece certo. É verdade que estamos correndo o risco de perder tudo, mas porque justamente eu? Qualquer um de meus irmãos seria mais adequado para essa viagem...

Apenas um parágrafo restara daquele dia. Bram não sabia onde era Valáquia, mas guardara mentalmente o nome do local e o ano para pesquisar depois nos livros de seu pai.

Valáquia, 20 de junho de 1456

Já fazem alguns meses que estou instalado no castelo de Vlad. Ele disse que me daria a quantia de dinheiro que eu preciso, mas até agora já mencionei várias vezes a necessidade de partir para a Irlanda e ele apenas ignora o que eu digo, é como se ele não quisesse que eu partisse. O local é bonito de fato, mas não aguento mais ser obrigado a ver as barbaridades que ele faz com seus inimigos. Empalar pessoas? Que tipo de ser humano faz isso?

Não era possível. Estaria mesmo ele falando de Vlad III? Então de certa forma ele seria seu parente distante... Impossível. Como ele nunca soube disso antes? Mesmo faltando muitas páginas no diário ele precisava continuar lendo para tentar entender melhor essa história absurda.

Valáquia, 14 de janeiro de 1457

Está definitivamente impossível morar neste castelo. Vlad me dá calafrios com a sua monstruosa mania de fazer as refeições em frente aos corpos de seus inimigos. Não entendo como a sua esposa consegue ainda estar junto desse homem. Talvez ela seja uma prisioneira como eu.


...

Quando eu achei que nada de bom me aconteceria nesse castelo, eis que Lady Tepes me confidencia o quão infeliz ela é ao viver aqui com esse monstro e o quanto está feliz com a minha presença, é uma pena que só possamos conversar as escondidas, enquanto Vlad está fora resolvendo assuntos do reino.

Bram estava realmente frustrado com a quantidade de páginas faltando. Quando exatamente o seu antepassado começou a conversar com a esposa de Vlad? Quanto mais ele lia, maiores eram as suas dúvidas sobre essa história surreal.

Valáquia, 5 fevereiro de 1462

Mesmo com os horrores diários deste castelo ainda posso ter uma ínfima chance de ser feliz. Minha amada Lady finalmente decidiu fugir comigo para a Irlanda. Agora que ela está grávida, precisamos sair deste lugar infernal o quanto antes, principalmente agora que os Turcos estão ganhando vantagem na guerra. 

Meu plano não pode falhar, pois minha família depende de mim e se ficarmos aqui morreremos de qualquer forma, algo me diz que Vlad sabe do nosso romance.

Valáquia, 16 de setembro de 1462

Os Turcos invadiram o reino e não demoraram a chegar até aqui. Enquanto eles atacam a frente fugiremos pelos fundos do castelo, espero que a velha canoa abandonada ainda esteja às margens do rio Arges.

Os relatos acabavam ali. O jovem garoto estava completamente atordoado. Isso era realmente possível? Não conseguia acreditar.

Se tinha uma pessoa capaz de responder as suas perguntas, essa pessoa era o seu avô, e se fosse necessário insistiria todo o possível para que ele lhe contasse o que sabia sobre essa história.

Seu avô relutou muito em admitir a veracidade do diário, mas por fim lhe confessou que tudo aquilo era verídico e que ninguém sabia dessa história pois seu antepassado jurara colocar um fim na linhagem Tepes.

A fuga fora bem sucedida, no barco além do casal também havia um pequeno saco com objetos do castelo que poderiam ser vendidos. O desaparecimento da rainha fora dado como suicídio graças a algumas roupas que ela habilmente deixou para trás na margem do rio. Depois disso ninguém nunca mais ouvira notícias de Vlad III e desde então apenas o sobrenome Stoker sobreviveu.


...

Os anos se passaram e Bram continuava tão impressionado com a história de sua família quanto no dia em que descobriu a verdade. Mesmo tendo continuado com a sua vida normal, ele fazia diversas pesquisas nas horas vagas para descobrir maiores informações. Ele também levava sempre consigo o diário encontrado no sótão, e a partir do ano de 1890 decide reescrever o diário, alterando nomes e completando as informações que faltavam.

Bram acreditava que aquela história, ou melhor, a história de sua família, precisava ser eternizada. Mas... e se seu antepassado estivesse certo? E se Vlad não fosse humano? Com certeza isso fazia sentido.

Após muitos anos de intenso trabalho e minuciosas pesquisas, em 26 de maio de 1897 é publicado Drácula.



Bom pessoal, por hoje é isso! O que acharam da minha versão para a origem desse clássico? Deixem suas opiniões nos comentários!


Kissus kissus! o/

9 comentários

  1. Ana Carolina dos Santos Paiva2 de novembro de 2014 às 23:23

    Que incrível Juh, ARRASOU TOTALMENTE! Estou até com vergonha do meu post amiga! Kkkkkkkkkkk Amei seu trabalho de pesquisa e é um acontecimento que poderia muito bem ter acontecido!
    Beijosss
    http://diariodeumalivromaniaca.blogspot.com.br

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  2. Juh arrasou!
    Adorei sua versão, ficou bem legal!
    Temos alguns pontos em comum na minha versão.
    Um beijo!

    http://www.osliteratos.com.br/2014/11/projeto-blc-postagem-03.html

    www.osliteratos.com.br

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  3. Super legal sua versão. Estava totalmente perdida em como postar já que esse será meu primeiro post do projeto...Achei muito bom seu post......
    Agora tenho que começar o meu hehe....
    Beijoss!

    http://camilaemdemulhramae.blogspot.com.br

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  4. Diego Henrique Martinho3 de novembro de 2014 às 14:43

    Oi Juliana!
    Demais :)
    Vocês são muito criativas.

    Esse diário sei um toque bem realista.
    Beijos
    ​​http://literamusicas.blogspot.com.br/

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  5. Oi Carol!!
    AAH muito obrigada!! Fico muito feliz que tenha gostado, estava muito insegura com esse texto!! E o seu ficou ótimo sim, pode acreditar!!
    Muito obrigada mesmo com os elogios!
    Bjão!

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  6. Oi Monika!
    Ah, que bom que gostou, eu não sabia se tinha ficado bom ou não!
    É mesmo, se fosse combinado não sairia tão parecido! kkkkkk
    Beijão!

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  7. Oi Camila!
    Ah, fico muito feliz que tenha gostado! Seja muito bem-vinda ao projeto, e nem se preocupe quando a ficar meio perdida ou insegura com os posts, até nós que criamos os temas ficamos ansiosas!
    Quando criar o seu não esqueça de divulgar lá no grupo!
    Bjão!

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  8. Oi Diego!
    Ah, muito obrigada pelo elogio, fico feliz que tenha gostado!!
    Bjão!

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  9. Oi Juliana!
    Adorei sua versão! Super criativa!
    Beijos

    Li
    literalizandosonhos.blogspot.com.br

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Todas as ilustrações utilizadas nesse blog são de autoria da ilustradora Duda Almeida. Tecnologia do Blogger.
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